sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dieta certa e exercícios físicos exterminam a barriguinha


Excesso de gordura localizado no abdômen só desaparece com dedicação


Aquela barriguinha que teima em continuar em evidência, apesar da perda de peso, é um problema estético para muitas mulheres. Além disso, é um perigo para a saúde. "Essa gordura, que envolve órgãos internos, como fígado e pâncreas, dificulta a ligação da insulina com seu receptor celular, causando uma resistência insulínica que predispõe a diabetes, pressão alta e problemas de colesterol, explica a endocrinologista e integrante da diretoria da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) Cláudia Cozer. Mas há soluções que fazem o excesso de gordura localizado no abdômen desaparecer. Pena que elas não sejam milagrosas. 

Perca a barriga em duas semanas Se estiver com pressa de reduzir a barriguinha por causa de alguma data especial, siga por duas semanas esta série de orientações alimentares organizada pela equipe nutricional do Minha Vida. Para começar, corte do seu cardápio feijão, leite, açúcar, milho, repolho, pimentão, brócolis, cebola, bebidas gasosas, frituras, comidas com conservantes, pão e arroz branco, álcool e suco de laranja. 
Regularize seu intestino e beba no mínimo dois litros de água por dia
Reduza a gordura abdominal no dia a dia 
Quem não precisa fazer um programa intenso como esse, mas também quer diminuir a barriguinha, deve "evitar alimentos com muito sal, fazer atividades aeróbicas e exercícios que fortaleçam a musculatura abdominal", recomenda Cláudia. E para isso não tem segredo: dieta equilibrada, "com pouca gordura e carboidratos, evitando frituras, doces, frios e embutidos". 

Além disso, o intestino precisa estar funcionando direitinho para que não haja inchaço no local. "É muito importante ir ao banheiro pelo menos duas vezes por dia, por isso a ingestão de fibras e líquidos é fundamental", orienta a endocrinologista. 
Alguns alimentos específicos podem ajudar na tarefa. São os chamados termogênicos. De acordo com a nutricionista Erica Lopes, eles induzem o corpo a gastar energia durante o processo digestivo. "O efeito térmico do alimento varia conforme a composição da dieta, sendo maior após o consumo de carboidratos e proteínas do que depois da ingestão de gordura", diz. 

Entre os principais termogênicos estão: pimenta, mostarda, gengibre, vinagre de maçã, acelga, aspargos, couve, brócolis, laranja, kiwi, cafeína, guaraná, chá verde, água gelada, linhaça, gorduras vegetais e gorduras de coco. "Mas a alimentação dever ser bem balanceada, pois somente o consumo desses alimentos leva a uma deficiência importante de nutrientes", alerta. 

Exercícios 
O personal trainer Ivaldo Larentis recomenda a prática de atividades aeróbicas (caminhada, corrida, bicicleta etc) cinco vezes por semana durante 30 minutos. Além disso, indica os seguintes exercícios localizados, que devem ser feitos em séries de 15 a 20 repetições quatro vezes por semana: 
1. Abdominal 90 graus: deite de barriga para cima, joelhos flexionados num ângulo de 90 graus com os pés para cima, mãos atrás na cabeça, cotovelos abertos. Lentamente suba, tirando os ombros do chão. Pare e desça até a posição inicial. 
2. Elevação: coloque as mãos sob as nádegas e mantenha as pernas estendidas em direção ao teto, perpendiculares ao tronco. Retire o quadril do chão, numa linha reta. Pare e desça. 
3. Abdominal negativo: sente-se com os joelhos flexionados e mantenha uma distancia entre os pés similar à da largura dos ombros. Estique os braços. Comece com o tronco numa posição menor que 90 graus em relação ao chão. Desça. Quando a parte superior do corpo atingir um ângulo de 45 graus em relação ao chão, retorne à posição inicial. Repita a série três vezes.
Fonte: Minha Vida

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Anvisa estabelece novos critérios para dados nutricionais nos rótulos de alimentos


Novas regras para que produtos possam conter textos como "light" e "sem açúcar" vão valer a partir de 2014



 Segundo resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada dia 13 de Novembro no Diário Oficial da União (DOU), informações nutricionais presentes em rótulos de alimentos - como "light", "rico em", "fonte de" e "não contém" - deverão seguir novos critérios a partir de 1º de janeiro de 2014. As novas regras vão ajustar os regulamentos do Brasil aos do Mercosul e, assim, facilitarão o comércio entre os países. 
Uma das medidas da Anvisa determina que a expressão light só poderá ser empregada em alimentos que apresentarem redução de algum nutriente em comparação com uma versão convencional do mesmo produto. Antes dessa resolução, o termo podia ser aplicado em alimentos com baixo teor de algum nutriente - mas não necessariamente um teor menor do que o produto de referência.
A publicação também determinou que, para um alimento ter em seu rótulo a informação de que é rico em alguma proteína, ele deve atender a um critério mínimo de qualidade. Essa alteração poderá proteger o consumidor de práticas enganosas, como o rótulo ter a informação de que o produto é rico em proteína, mas ser um alimento incompleto e de baixa qualidade.
A Anvisa também decidiu alterar o cálculo que determina se as informações nutricionais podem ser veiculadas. Atualmente, para que um produto possa exibir o texto "sem açúcar" em seu rótulo, por exemplo, não pode ter mais do que 0,5 gramas de açúcares em 100 gramas ou 100 mililitros do alimento. A partir de 2014, essas informações deverão ser estipuladas com base na porção do alimento. No caso do açúcar, portanto, o alimento não poderá ter mais do que 0,5 gramas por porção completa. 
Foram criadas também oito novas alegações nutricionais, cada uma com seus critérios para aparecer nos rótulos. São elas: "não contém gorduras trans", "fonte de ácidos graxos ômega 3", "alto conteúdo de ácidos graxos ômega 3", "fonte de ácidos graxos ômega 6", "alto conteúdo de ácidos graxos ômega 6", "fonte de ácidos graxos ômega 9", "alto conteúdo de ácidos graxos ômega 9" e "sem adição de sal".
A norma não inclui alimentos para "fins especiais", que são aqueles especialmente formulados ou processados, com modificações no conteúdo de nutrientes. Esses alimentos são, geralmente, direcionados a pessoas com dieta diferenciadas, com necessidades específicas de condição metabólica e fisiológica - como produtos com restrição de sódio, gordura e proteínas.

Traduza os rótulos e escolha bem os alimentos

É só começar a dieta que muita gente não hesita em encher o carrinho de compras com produtos light. Desse jeito, é fácil errar a mão, ignorando até mesmo as quantidades das porções. Entenda como são feitas hoje as determinações para produtos light, diet ou rico em algum nutriente e faça a comparação:

Diets

Diet é aquele produto que indica em sua embalagem a ausência total de algum nutriente ou ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal, a gordura, a lactose, entre outros. Segundo a nutricionista Camila Abreu, a escolha do "diet" deve variar conforme a necessidade de cada pessoa. "Produtos específicos para diabéticos devem ser totalmente isentos de açúcar, por exemplo."

Lights

Já os alimentos classificados como "light" têm uma redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado elemento de sua composição em relação ao alimento tradicional. "São aqueles com baixo teor de componentes - sódio, açúcares, gorduras, colesterol - e/ou calorias, ou seja, não são isentos totalmente como os diet", explica Camila. No entanto, a redução calórica pode ser muito pequena e o sabor pode ser compensado aumentando a quantidade de outros pontos da composição.

Promessas do rótulo

São cada vez mais comuns alimentos com chamadas tipo "zero gordura" ou "rico em fibras", mas a informação quer dizer pouco se não for comparada aos outros pontos indicados na tabela nutricional. "Isso não é suficiente para saber se aquele alimento está livre de calorias, gorduras ou açúcar, por exemplo", afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo. Ainda há o risco de que a indicação nos rótulos seja referente a uma porção, ou seja, extrapolando esta cota, a promessa do rótulo já fica para trás.

Anote as dicas

O ganho de peso acontece devido ao consumo excessivo de calorias não gastas durante o dia. Entretanto, a recomendação é que todos os nutrientes sejam distribuídos entre todas as refeições do dia. Se você não conhece a composição dos alimentos, é fácil: varie. Inclua no seu cardápio alimentos de origem animal (carnes e leites), vegetais (cereais, frutas, legumes e verduras) e faça pequenos lanches entre essas refeições. Assim, você terá uma variedade de alimentos e evitará o acúmulo de um determinado nutriente.

Fonte: Minha Vida

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Alimento funcional reduz colesterol, atua no intestino e no envelhecimento


Conheça os probióticos, prebióticos, fitoesteróis, antioxidantes e as fibras.

Produtos não devem substituir o consumo de frutas, legumes e verduras.

Alimentos funcionais servem para enriquecer a dieta com substâncias capazes de prevenir o envelhecimento precoce, ajudar no funcionamento do intestino e reduzir a absorção de gorduras pelo organismo.
Produtos como pães, iogurtes, aveia, margarinas, biscoitos e bebidas de soja são vendidos no mercado desde 1999 acrescidos de compostos como probióticos, prebióticos, fibras, fitoesteróis e antioxidantes.
Todos eles fazem bem à saúde, mas não devem substituir o consumo diário de alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e verduras. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, o ser humano já consome opções funcionais há milhares de anos, incluindo na dieta bactérias boas presentes em queijos, massas, iogurtes e outras bebidas fermentadas.
Alimentos funcionais valendo (Foto: Arte/G1)





















































A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) verifica se esses alimentos atendem aos requisitos necessários e permite que as embalagens contenham uma frase para destacar os benefícios do conteúdo.
Porém, muitas marcas não trazem essa informação claramente ou vendem tão bem que nem divulgam que o alimento é funcional. Há, ainda, as que divulgam que o produto tem essa característica, embora não seja cientificamente comprovado.

Já as fibras aumentam o bolo fecal e facilitam o trânsito intestinal, mas devem ser aliadas a uma maior ingestão de água. Se você quiser introduzir algum desses produtos na sua alimentação, pergunte a um médico ou nutricionista.
Segundo Atui e o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues, no caso dos fitoesteróis, é recomendado consumir no máximo 3 gramas por dia – acima disso, não há efeito. E esses produtos não são adequados para crianças abaixo de 5 anos, gestantes e mulheres que amamentam.
Além disso, o telefone de atendimento do fabricante pode informá-lo sobre a linha de alimentos funcionais disponível em supermercados e lojas.
Para quem faz uso de medicamento contra o colesterol, lembre-se: alimentos funcionais não são remédio. Portanto, continue tomando o que o médico lhe prescreveu contra esse ou outros problemas.
Fonte: Bem Estar

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Dia Mundial do Diabetes

Hoje é o Dia Mundial do Diabetes...

Infelizmente a população brasileira tem cada vez mais casos de Diabetes; porém o mais alarmante, é que a metade não sabe.

É uma doença perigosa, mas se bem controlada, o portador pode levar uma vida "normal".

Para saber mais acesse: www.adiabc.org.br

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Suplemento alimentar só pode ser indicado por médico ou nutricionista


Educador físico não pode fazer recomendação a alunos nas academias.

Anvisa classifica produtos para atletas em seis categorias diferentes.


Apesar de estarem na moda e serem vendidos em muitas academias do país, os suplementos alimentares são feitos apenas para atletas de alto rendimento, profissionais ou não, e só podem ser recomendados por médicos ou nutricionistas.
Ele destaca que esse procedimento é divulgado aos profissionais filiados e que o mercado tem espaço para todos, desde que respeitada cada atribuição. Em relação à venda dos suplementos nas academias, Delmanto diz que a fiscalização deveria ser feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"O professor de educação física não deve prescrever nada, senão se torna um desvio de função. Nós trabalhamos com prevenção, o nutricionista atua com alimentos e o fisioterapeuta, com patologias", afirma o presidente do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (Cref/SP), Flavio Delmanto.
Solonei maratona (Foto: Fernanda Paradizo/Divulgação)Solonei se prepara para o Troféu Brasil (à dir.) em 2011, quando ficou em 4º lugar, e corre 18ª Maratona de SP, da qual levou ouro. Ele toma suplementos para melhorar desempenho (Foto: Fernanda Paradizo/Divulgação)
O educador físico Mauro Guiselini complementa: "Existem personal trainers que aprendem as regras básicas da suplementação e sugerem aos alunos. Isso é ruim para a profissão, pois é o mesmo caso de praticar medicina ilegalmente. Tanto que alguns profissionais já foram advertidos e até suspensos", diz. De acordo com Guiselini, o grande problema é vender anabolizantes e hormônio do crescimento no lugar de suplemento. "Aí o professor vira o cara que vende a droga."
Além disso, esses produtos não podem fazer propagandas enganosas, prometendo no rótulo uma eventual perda de peso ou ganho de massa muscular. A Anvisa proíbe palavras ou imagens que façam referência a hormônios ou induzam o consumidor sobre eventuais efeitos. Estão vetadas, portanto, expressões como "anabolizantes", "massa muscular", "hipertrofia muscular", "queima de gorduras" ou "fat burners", e "aumento da capacidade sexual".
Segundo a nutricionista da área esportiva Mirtes Stancanelli, que atua na seleção brasileira de basquetebol feminino, a idade média dos principais usuários no país vai dos 20 aos 35 anos, e as mulheres já são um público-alvo considerável.
O professor de educação física não deve prescrever nada, senão se torna um desvio de função. Nós trabalhamos com prevenção, o nutricionista atua com alimentos e o fisioterapeuta, com patologias"















Flavio Delmanto,presidente do Cref/SP
Na hora de determinar o que e quanto uma pessoa vai tomar de suplemento, é fundamental saber se ela está desprovida de algum nutriente, se a atividade que desempenha envolve força, e qual o tempo e a intensidade do exercício.
"Quem consome esses produtos sem indicação de um profissional pode ter problemas no fígado, nos rins e no coração. Ferro demais, por exemplo, pode se depositar nas artérias e causar cansaço. Muita vitamina C é capaz de aumentar o risco de pedras nos rins. E, no fígado, pode haver um acúmulo de gordura. O que a ciência coloca não é de agrado da indústria, mas a verdade é essa", explica.
Além disso, se o indivíduo for mal orientado, pode aumentar o percentual de gordura, ter acne, gases e alergias respiratórias, no caso de consumir um excesso de proteínas. Pode, ainda, apresentar dificuldade de digestão.
Os efeitos dos anabolizantes são ainda piores: além de acne e danos ao fígado, rins e coração, pode haver crescimento das mamas e infertilidade nos homens e queda de cabelo, voz grave, aumento dos pelos e desregulação do ciclo menstrual nas mulheres.
No caso do suplemento à base de creatina, é permitido tomar por dia apenas 0,3 grama por quilo de peso corporal, ressalta Mirtes. Quanto ao isotônico, ele só deve ser uma opção quando há realmente uma desidratação, ou seja, perda de 2% a 3% de peso corporal em uma única atividade.
Outro ponto que deve ser observado é que, quando a pessoa para de usar o suplemento, pode levar até dois anos para readquirir a forma anterior, já que os produtos servem para acelerar esse processo.
Para quem quiser opções naturais e mais saudáveis de vitaminas e proteínas, a nutricionista sugere suco de frutas, leite, iogurte, queijo, carne vermelha e ovos.
Suplementos novo (Foto: Arte/G1)



















Seis categorias
A Anvisa divide os suplementos alimentares em seis categorias diferentes: hidroeletrolíticos (isotônicos, que hidratam as células), energéticos (basicamente carboidratos, como maltodextrina, em géis, pó ou suco), suplementos de proteínas (barrinhas de proteínas e gorduras para recuperação pós-treino), produtos para substituição parcial de refeições (shakes ou pós capazes de suprir eventuais necessidades de proteínas, carboidratos e gorduras), complementos de creatina (proteína para liberação rápida de energia em atividades de alta intensidade, como atletismo e natação) e bebidas com cafeína (energéticos e estimulantes).
No Brasil, essas substâncias estão isentas de registro, mas devem seguir um regulamento técnico da Anvisa de abril de 2010, que estabelece critérios de classificação, indicação, composição e rotulagem. Também precisam de um número de notificação junto ao órgão de vigilância sanitária estadual ou municipal sobre o início da fabricação ou a importação.
Quem toma esses produtos sem indicação de um profissional pode ter problemas no fígado, nos rins e no coração"
Mirtes Stancanelli, nutricionista do esporte
Cada produto deve informar esse número de notificação, a lista de ingredientes, a composição nutricional e o prazo de validade.
Já os suplementos vitamínicos ou minerais – cápsulas que podem suprir demandas de ferro, cálcio, zinco, etc – não precisam de registro se os nutrientes não ultrapassarem 100% da ingestão diária recomendada. Se isso ocorrer, o produto é considerado um medicamento e necessita de autorização da Anvisa.
Caso as normas para os suplementos alimentares sejam descumpridas, como no caso de propaganda enganosa, o infrator deve ser penalizado, segundo uma lei de 1969 e outra de 1977. Também deve ser aberto um processo administrativo sanitário.
Multas são analisadas individualmente, e a empresa pode ter o produto suspenso por oferecer risco à saúde da população. A fiscalização deve ficar a cargo da vigilância sanitária local, que precisa encaminhar os dados à Anvisa, responsável pelas autuações e publicações no Diário Oficial da União.
Suplementos valendo (Foto: Arte/G1)




















Complemento dos treinos
O maratonista Solonei Rocha da Silva, vencedor dos Jogos Pan-Americanos de 2011 e da 18ª edição da Maratona de São Paulo, realizada no dia 17 de junho, é um dos milhares de atletas brasileiros que usam suplementos para melhorar o desempenho físico.
Aos 30 anos, o ex-catador de lixo que hoje mora em Bragança Paulista (SP) corre todos os dias cerca de 30 km, além de fazer fortalecimento muscular uma vez por semana. Para aguentar a rotina pesada, ele recebe acompanhamento nutricional na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi orientado a tomar isotônicos, proteínas, sachês e pós de carboidratos.
Isso tudo serve para dar um ganho energético rápido, o que pode ser feito antes, durante e/ou depois dos exercícios, dependendo de cada caso. No de Solonei, a suplementação ocorre após o treinamento. E ele já mira na São Silvestre, em 31 de dezembro.
"Também passei a ter mais nutrientes dos alimentos, como suco de laranja e leite de vaca e de soja, que eu não ingeria antes. O cálcio do leite ajuda a fortalecer os ossos, que sofrem muito impacto na corrida. E todo o conjunto de suplementos faz com que meu corpo responda melhor, sem ficar musculoso", diz o maratonista, que tem 59 kg em 1,77 m.
Os suplementos atraem também quem não é profissional. Ao frequentar a academia seis vezes por semana, o estudante de administração Renato Escudero, de 21 anos, não lembra em nada o adolescente sedentário e obeso que foi um dia.
Renato Escudero (Foto: Arquivo pessoal)Renato Escudero vai à academia seis vezes por semana e enxugou 20 kg. Há cinco anos, ele foca no ganho de massa magra e está tomando proteínas, aminoácidos, energéticos e isotônicos  (Foto: Arquivo pessoal)
Há quase cinco anos, o morador de São José dos Campos (SP) trocou as comidas gordurosas e calóricas por proteínas, aminoácidos, energéticos e isotônicos. Com isso e muita malhação, enxugou 20 kg e começou a focar no ganho de massa magra. Hoje, exibe 92 kg em 1,87 m de altura.
De segunda a sábado, Renato faz 40 minutos de musculação e 10 minutos de esteira. Geralmente depois do exercício, ele toma proteína de soro de leite, glutamina e um complexo de aminoácidos para recuperação muscular. Os produtos vêm em pó e são misturados com água. “Quando chego em casa, como um sanduíche de pão integral, queijo branco, peito de peru, atum ou frango”, cita.
O estudante começou a tomar os suplementos por conta própria: interessou-se pelo assunto, pesquisou e foi atrás. “No começo, tive problema de estômago, desconforto, passei mal. Mas foi só no primeiro mês. Acho até que foi psicológico”, diz Renato.
Os produtos para complementar os treinos na academia também caem no gosto das mulheres que buscam um corpo mais definido. É o caso da fisioterapeuta e personal trainer Luana Veronesi, de 28 anos, adepta dos suplementos há um ano e meio. Ela malha desde os 16 anos, mas de dois para cá intensificou a rotina.
Luana Veronesi suplementos (Foto: Arquivo pessoal)A fisioterapeuta e personal trainer Luana Veronesi malha há 12 anos, mas intensificou a rotina de treinos há dois. Como complemento, ela toma aminoácidos, carboidratos, proteínas e vitaminas (Foto: Arquivo pessoal)
Luana toma aminoácidos líquidos pré-treino. Antes e depois, aposta em proteínas isoladas (com sabor de chocolate, baunilha, limão, uva ou tangerina), que ajudam a queimar apenas a gordura, deixando a massa magra intacta. Além disso, ela consome o carboidrato maltodextrina antes, durante e depois da malhação. Quando treina muito pesado, ainda ingere creatina.
A jovem também toma cápsulas manipuladas de vitamina C e E e um polivitamínico, sempre depois da atividade física. Segundo ela, os comprimidos ajudam na imunidade e na construção muscular.
"Esses suplementos são muito calóricos, por isso diminuí os carboidratos da alimentação. Não dá para usar isso tudo e ainda ter uma dieta ruim", diz Luana, que mora em Mogi-Mirim (SP) e vai à academia de segunda a sábado.
A fisioterapeuta pesa 69 kg em 1,74 m de altura, mas quem avalia seu peso pela balança se engana. Ela tem apenas 17,5% de gordura no corpo, um padrão considerado ideal.
Todo o conjunto de suplementos faz com que meu corpo responda melhor, sem ficar musculoso"
Solonei Rocha da Silva, maratonista
"Antes eu tomava sem orientação, mas parava, não sabia ao certo o que poderia acontecer: engordar, inchar. Agora tenho acompanhamento", revela.
Regras específicas
Sobre os isotônicos, a resolução da Anvisa diz que eles não podem ultrapassar 1.150 mg/l de sódio, e a concentração de potássio não pode ser superior a 700 mg/l. Por outro lado, podem ser adicionados de vitaminas e minerais, mas não de fibras. As regras também falam sobre o limite máximo de carboidratos e frutose (açúcar das frutas) no preparo desses líquidos.
No caso dos energéticos ou carboidratos, o suplemento não pode conter mais de 75% do valor energético proveniente dessa fonte. Em gramas, não deve passar de 15 g na porção pronta para o consumo. A Anvisa diz, ainda, que esses produtos podem ter gorduras e proteínas, mas não fibras e substâncias consideradas "não nutrientes".
Quanto aos suplementos de proteínas, devem ter pelo menos 10 gramas do componente em cada porção. Metade das calorias precisa ter origem proteica e também não é permitido adicionar fibras ou não nutrientes.
Em relação aos suplementos para substituição parcial de refeições, os famosos shakes, existe uma quantidade máxima permitida de carboidratos (de 50% a 70%), proteínas (de 13% a 20%) e gorduras (até 30%) sobre o total do valor energético. O produto deve fornecer pelo menos 300 kcal por porção. Além disso, o teor de gorduras saturadas e trans não pode ultrapassar 10% e 1%, respectivamente. E, ao contrário dos anteriores, esses complementos podem ter fibras.
Esses suplementos são muito calóricos, por isso diminuí os carboidratos da alimentação. Não dá para usar isso tudo e ainda ter uma dieta ruim"
Luana Veronesi, fisioterapeuta e personal trainer
A Anvisa também prevê critérios para os suplementos de creatina, cuja concentração deve ficar entre 1,5 g e 3 g por porção. O grau de pureza da substância precisa chegar a 99,9%. E não podem ser adicionados carboidratos nem fibras.
Por fim, os complementos de cafeína não podem ficar abaixo de 210 mg nem acima de 420 mg por porção. Não pode haver adição de nutrientes ou não nutrientes.
Substâncias proibidas
Nas normas da Anvisa, também há uma lista de substâncias que não podem entrar na composição dos alimentos para atletas. Entre elas, estão: guaraná, erva-mate, ginseng, gengibre, chá verde e aminoácidos como leucina, isoleucina e valina – que, neste último caso, podem ser registrados como novos alimentos.
A taurina é permitida em energéticos desde que dentro de um limite de 400 mg para cada 100 ml de produto. A regra vale tanto para as marcas nacionais quanto importadas. Outro aminoácido, a carnitina, não pode entrar nesses suplementos específicos para atleta, mas tem previsão de uso em outras categorias, como remédios emagrecedores.
Outros tipos de aminoácidos podem ser usados combinados, para melhorar a qualidade de proteínas do produto, mas não devem ser consumidos de forma isolada. No caso do ginseng e de outras substâncias, como efedrina e garcinia cambogia, o uso está liberado na área de medicamentos.
Alimentos que exigem registro no Brasil
Os alimentos que são obrigados a ter registro da Anvisa no país são: produtos funcionais (aqueles com ação comprovada sobre colesterol, intestino ou envelhecimento), substâncias probióticas (iogurtes que facilitam o funcionamento intestinal), alimentos infantis (como papinhas), produtos para nutrição enteral (por sonda em pacientes hospitalizados), embalagens recicladas para contato com alimentos e os chamados novos alimentos ou ingredientes (cápsulas, comprimidos e tabletes de vários componentes, como óleos, derivados de soja, fitoesteróis, quitosana e licopeno).
Nessa última categoria, encontram-se também produtos feitos de frutas ou vegetais submetidos a secagem ou desidratação.
Fonte: Bem Estar