quinta-feira, 30 de junho de 2011

Saiba como diferenciar os diversos tipos de leite, feijão e arroz


Embalagens possuem informações sobre fabricação e qualidade de cada produto. Selo do Ministério da Agricultura é obrigatório.

Na hora de cozinhar, a experiência conta, mas a qualidade do produto também. Nas embalagens, estão as informações necessárias para escolher o de melhor qualidade. Mesmo assim, no supermercado, muita gente não sabe diferenciar os tipos de cada alimento.

O arroz e o feijão, por exemplo, são classificados de acordo com os defeitos que eles têm. Os tipos de feijão variam de 1 a 3 e o do arroz de 1 a 5. Os de tipo um tem grãos mais bonitos e inteiros e cozinham com mais facilidade. Os do tipo três têm grãos quebrados, de cores diferentes que podem render menos.




No caso do feijão o importante é colocá-los de molho e observar. Os grãos que boiarem devem ser descartados, porque normalmente são defeituosos e podem não cozinhar direito. Já para o carioquinha, marrom, vale outra dica - quanto mais clarinho, mais novo e melhor é o grão.




Já o leite é classificado por letras. O tipo A é ordenhado sem contato manual e pasteurizado na hora. O tipo B é pasteurizado num local diferente da ordenha. Quanto maior a demora, maior o risco de contaminação. Por fim, o tipo C sai da fazenda em latões e a demora para pasteurização é ainda maior.




Todo produto de origem animal ou vegetal deve ter um selo do Ministério da Agricultura na embalagem. É a garantia de que ele foi inspecionado e obedece às normas de fiscalização.

O consumidor deve ser rigoroso. “Ele está exercendo seu poder de escolha e só consumindo produtos que ele realmente conheça a procedência”, afirma Wilson Roberto de Sá, presidente da Anfa.
Fonte: Jornal Hoje


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Doença celíaca tem predisposição genética - dúvidas sobre o glúten

Segundo a gastroenterologista pediátrica Vera Lúcia Sdepanian, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a pessoa nasce com predisposição genética para ter o problema e, depois de meses ou anos de consumo de glúten, pode desenvolvê-lo. Em geral, o distúrbio aparece entre o primeiro e o terceiro ano, mas pode ocorrer também em adolescentes, adultos e idosos. Ainda não se sabe por que a doença se desenvolve em momentos diferentes da vida.

Às vezes, os sintomas passam despercebidos e não são identificados precocemente. A diarreia crônica costuma ser o principal sinal, acompanhada de emagrecimento e distensão do abdômen. Entre outros sinais, estão anemia que não responde ao tratamento com ferro, baixa estatura sem causa, atraso na puberdade, osteoporose, inchaços súbitos após infecção ou estresse, aftas frequentes, intestino preso e prejuízos do esmalte dentário. Eles podem aparecer isoladamente ou em conjunto, e a doença também pode ser assintomática.

A especialista explicou que o glúten geralmente é introduzido na dieta humana por volta dos 6 ou 7 meses de vida, e familiares de primeiro grau têm mais chance de manifestar a doença celíaca. De cada cem parentes próximos, seis têm chance. E, de acordo com uma pesquisa feita em São Paulo pela Unifesp, para cada 214 doadores de sangue saudáveis, há 1 celíaco.
Pessoas diabéticas, com problemas de tireoide, síndrome de Down ou Turner também têm mais probabilidade de apresentar doença celíaca. Os indivíduos que atingem um grau excessivo de fraqueza e emagrecimento correm mais risco. E, na infância, uma síndrome chamada de crise celíaca pode provocar uma diarreia tão forte a ponto de matar.
Vera Lúcia esclareceu, ainda, que os celíacos podem comer os mesmos alimentos que alguém sem a doença, desde que na composição não haja glúten. Esses itens podem ser preparados com substitutos como milho, mandioca, tapioca, polvilho, batata e arroz.

Segundo a gastroenterologista, em lojas e supermercados, os produtos costumam ser mais caros porque não têm liga nas massas e devem ser preparados de forma especial. O Brasil ainda está aquém do mercado europeu, onde as empresas competem entre si e os valores são menores.
Em um laboratório de pesquisas da Universidade de Mogi das Cruzes, os cientistas estudam formas de fazer alimentos saborosos sem glúten. No mercado, esses produtos costumam ser mais caros, mas encontrados facilmente em supermercados e lojas especializadas. Na cesta básica, o preço sobe de R$ 230 (normal) para R$ 316 (sem glúten), uma diferença de 37%.

O diagnóstico da doença celíaca deve ser feito antes da retirada do glúten da dieta. Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) destinou uma verba de cerca de R$ 800 mil para que esse teste seja feito em todo o Brasil. Porém, só cerca de 10% desse valor foi gasto até agora. Após o resultado positivo do exame de sangue, deve ser feita uma biópsia do intestino delgado.

Nesses pacientes, a substância agride e danifica as vilosidades do intestino delgado, prejudicando a absorção dos alimentos. O risco genético é maior quando um familiar de primeiro grau tem a doença. E o diagnóstico pode ser feito por exame de sangue e biópsia do intestino.

Para saber mais sobre a doença celíaca, visite o site da Federação Nacional das Associações dos Celíacos do Brasil (Fenacelbra) e o da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra).

Receita de bolo de iogurte sem glúten
Ingredientes
- 1 copo de 170 g de iogurte natural
- 200 gramas de creme de arroz
- 3 ovos
- Óleo de canola (medida de 1 copo de iogurte menos um dedo)
- 1 colher de sopa de fermento
- 1 pitada de sal (para as claras em neve)
- Fermento, manteiga e polvilho

Preparo
Bater as claras em neve e depois os outros ingredientes separadamente, inclusive as gemas dos ovos. Acrescentar a clara em neve e colocar o fermento em pó na massa. Em uma forma untada com manteiga e polvilhada com açúcar e canela, despejar a massa. Levar ao forno por 30 a 45 minutos em potência média. (a receita é da culinarista Nildes de Oliveira Andrade).



Fonte: Bem Estar