segunda-feira, 24 de março de 2014

Slow Food, a favor do prazer gastronômico


Movimento internacional preserva o RG alimentício de cada país

Em meio ao grande aumento do consumo de alimentos do tipo fast food, resultado da forçosa rotina apressada, surgiu um movimento que prega o prazer da alimentação. A atividade internacional leva o nome de Slow Food e, por trás das garfadas vagarosas, desperta a consciência ambiental de seus adeptos. Hoje, mais de 80 mil sócios seguem os conceitos do Slow Food, em cerca de 100 países. 

A idéia da organização, fundada na Itália em 1986, é preservar a cultura alimentar de cada país e de suas regiões, em movimento contrário à padronização dos cardápios, que permite encontrar o mesmo sanduíche ou o mesmo macarrão do Brasil à China, passando pela Índia. A alimentação de quem segue os conceitos do Slow Food não muda muito, pois nenhum tipo de comida é restringido do cardápio. 

A pessoa apenas passa a ter consciência do que está comendo e da forma como está fazendo isso , explica a ex-líder do Slow Food na cidade de São Paulo, Heloisa Mader. Ela continua, exemplificando que em vez de passar no drive thru e se entupir de batata frita enquanto dirigimos o carro, fazemos nossa própria refeição em casa, com alimentos orgânicos, sem pressa


Mão na massa

Prazer na hora das refeições é fundamental, segundo adeptos
Na prática, o movimento se estende um pouco mais para atuar em contraponto da alimentação massificada. Para isso, educa produtores e consumidores a preservar os alimentos e a culinária locais. Um exemplo é a proteção de instituições como os caffé italianos, os bistrots franceses e as inns inglesas, o que a organização considera como lugares destinados ao prazer gastronômico. 

Os associados ao Slow Food dividem-se em sedes localizadas em diferentes países. Chamadas de Convivia, essas sedes são as responsáveis pela organização periódica de jantares temáticos, degustações e passeios. 
A Arca do Sabor e as Fortalezas são mais exemplos de atividades a favor da preservação alimentícia e da valorização de práticas antigas. A primeira entra em ação para catalogar produtos artesanais de qualidade. Já a outra sustenta os produtores e ajuda a promover os alimentos típicos. De acordo com Heloisa Mader, a idéia é gerar novas oportunidades de trabalho, ampliando a renda das áreas rurais. A atuação pode envolver um único queijeiro ou reunir milhares de agricultores, exemplifica. 

A identificação dos produtos brasileiros participantes da Arca começou em 2002, quando o bastão de guaraná dos índios Sateré Maué foi lançado. Outros exemplos apoiados pelas Fortalezas são os produtos de umbu, transformados artesanalmente no sertão baiano, e o palmito produzido pelos índios guaranis, no litoral norte de São Paulo. www.slowfood.com 

O encontro virtual do movimento é feito através do site www.slowfood.com. Pelo endereço, o internauta encontra um resumo das atividades mais importantes do Slow Food e tem um link direto com os associados. No Brasil, o movimento é representado pelo site www.slowfoodbrasil.com. 

Fonte: Minha Vida 

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