Maior causador de pedra no rim é substância chamada oxalato de cálcio.
O reumatologista Cristiano Zerbini, do Hospital Sírio-Libanês e do Centro Paulista de Investigação Clínica, falou mais sobre leite.
Não tomá-lo, como fazem vegetarianos e intolerantes à lactose, não é um problema: o que as pessoas precisam é de cálcio. Algumas são indicadas a ingerir suplemento em comprimidos para receber essa quantidade necessária por dia.
O termo pasteurizado vem do cientista francês Louis Pasteur, que primeiro sugeriu esse processo de aquecimento do leite a cerca de 75°C e resfriamento imediato, para diminuir o número de bactérias – técnica obrigatória para todos os tipos. Beber leite in natura, direto da vaca, eventualmente pode causar diarreia em indivíduos mais sensíveis, por ter uma quantidade maior de micro-organismos.
O leite tipo A é extraído mecanicamente, pasteurizado na própria fazenda e sai pronto para o consumo.
O B é feito por extração mecânica, mas não precisa ser processado na fazenda – algo feito em outra instalação. Mesmo que o transporte seja bem resfriado, há uma maior concentração de bactérias no trajeto.
No tipo C, a retirada pode ser mecânica ou manual, o transporte não precisa ser refrigerado e todo o trabalho é feito em outro local. Por essa razão, a quantidade de bactérias é maior que nos demais. Segundo Zerbini, o ideal é que ele seja fervido antes do consumo.
Pedra no rim não ocorre por ingestão de leite, disse o médico. Quando o corpo percebe um excesso de cálcio, esse volume sai na urina. Normalmente, um adulto perde de 75 mg a 250 mg de cálcio por dia no xixi. Quando esse valor é maior, o risco de cálculo renal também sobe.
O maior causador de pedra no rim, que dá uma dor fortíssima, é uma substância chamada oxalato, presente em refrigerantes à base de cola e outros alimentos (como chocolate, pimenta, nozes, beterraba, acelga, espinafre, cenoura, morango e figo), e que se mistura ao cálcio, formando o oxalato de cálcio – responsável por mais de 50% dos casos de cálculo renal (os demais são provocados por ácido úrico).
Achocolatado ajuda as crianças a gostarem mais de leite, destacou Zerbini. Porém, se for acrescentado chocolate demais, pode haver uma menor absorção de cálcio, mas isso não é tão comum. Sorvete é outra opção rica em cálcio para os pequenos que não tomam leite puro.
Depois dos 75 anos, a quantidade de lactase (enzima que quebra a lactose no intestino) pode diminuir um pouco e causar cólicas, de acordo com o reumatologista.
Por fim, ele disse que o cálcio não precisa de gordura para ser absorvido, mas a vitamina D, sim. As vitaminas lipossolúveis A, D, E e K precisam disso, mas o próprio corpo se encarrega desse trabalho.
Fonte: G1 Portal de Notícias
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