segunda-feira, 9 de julho de 2012

Alergia Alimentar x Intolerância Alimentar

Alergia Alimentar
Causará provavelmente surpresa saber que as verdadeiras alergias alimentares são responsáveis por menos de 50% dos casos de urticária, asma, diarreia e outros sintomas que habitualmente lhes são atribuídos. isto deve-se ao fato de mais de metade destes sintomas serem realmente causados por intolerância alimentar
A alergia alimentar e a intolerância alimentar são muitas vezes confundidas porque produzem frequentemente o mesmo tipo de sintomas. Biologicamente, contudo, o modo como produzem estes sintomas é, na verdade, muito diferente.
As alergias alimentares são designadas por reações de hipersensibilidade",
Nas verdadeiras alergias alimentares, o sistema imune do organismo reage a determinados alimentos como se fossem potencialmente perigosos. Para se defenderem destes invasores, as células do sistema imune produzem moléculas chamadas "anticorpos". Infelizmente, esta reação incita outras células especializadas, os mastócitos, a libertar uma substância chamada "histamina". É a histamina que provoca os sintomas alérgicos.
A circunstância de uma pessoa desenvolver ou não uma alergia alimentar depende de diversos factores, por exemplo, uma herança genética, a idade, os hábitos alimentares e, por vezes, as consequências de doenças infecciosas.

Intolerância Alimentar
A intolerância alimentar depende de mecanismos que não envolvem anticorpos:
• Num caso, determinados componentes ou aditivos dos alimentos actuam diretamente sobre os mastócitos, levandoos a libertar histamina.
• Noutro caso, determinadas substâncias causadoras de sintomas, chamadas "mediadores" (tiramina, serotonina, dopamina, etc.), existem já nos alimentos quando estes são ingeridos.

Sintomas
Os sintomas de alergia alimentar e de intolerância alimentar são, muitas vezes, idênticos e, por isso, frequentemente confundidos.
Clinicamente, os mais importantes sintomas comuns a ambas as situações envolvem a pele, o trato gastrintestinal (sistema digestivo) e o trato respiratório. Adicionalmente, a intolerância alimentar causa, muitas vezes, cefaleias, dores nas articulações, fadiga e malestar geral.

Tratamento
O meio mais eficaz de tratar uma alergia ou uma intolerância alimentares consiste em eliminar da dieta a substância responsável. Porém, isto é mais fácil de dizer do que de fazer.
Primeiro, é necessário identificar a substância. Muito do que hoje em dia comemos é de fabrico industrial; alguns alimentos são complexos e podem conter diversas substâncias causadoras de sintomas.
Em segundo lugar, é necessário excluir essas substâncias da dieta. No entanto, como são tão utilizadas nos alimentos de fabrico industrial modernos, o processo pode revelarse muito difícil sem o recurso a um especialista... e a força de vontade para seguir o seu conselho durante anos ou, talvez, a vida inteira.
Se novos hábitos alimentares se demonstram, só por si, insuficientes, a terapêutica farmacológica (medicamentos) pode ser a resposta. Esta terapêutica deve visar:
• Bloquear o efeito prejudicial da histamina;
• ou impedir os mastócitos de libertarem histamina e outros mediadores.
A terapêutica farmacológica ideal deverá atingir estes dois objetivos.
Muitos alimentos vulgares são responsáveis por uma verdadeira reação alérgica ou por uma reação de intolerância alimentar. Alguns alimentos podem, na verdade, provocar reações alérgicas e reações de intolerância alimentar ao mesmo tempo.

ALIMENTOS QUE PROVOCAM REAÇÕES ALÉRGICAS
os alimentos alergénicos mais comuns são: maças, nozes, tomates, leite, ovos, espinafres, uvas, bananas, amendoins, cacau, mariscos, moluscos, soja, peixe e galinha.

ALIMENTOS QUE PROVOCAM REAÇÕES DE INTOLERÂNCIA
• Os alimentos que atuam diretamente nos mastócitos e provocam libertação de histamina são: chocolate, tomates, espinafres, morangos, ovos, peixe, mariscos, ananás e especiarias (canela).
• Os alimentos que contêm histamina e outros mediadores causadores de sintomas são: chocolate, tomates, espinafres, morangos, mariscos, ruibarbo, queijo, arenque, bananas, cavala, bacalhau, pimenta, nozes, vinho, couve fermentada e atum.
Além disso, muitos alimentos contêm corantes, aromatizantes, conservantes, etc., que podem também causar sintomas de intolerância alimentar. Os corantes são: E 102, E 107, E 110, E 122, E 123, E 124, E 128 e E 15 1. Os aromatizantes são: cinamato (canela), anetol (alcaçuz), baunilha, eugenol (cravinho) e mentol. Os conservantes são: E 2 10, E 219, E 200, E 203. Os antioxidantes são: E 311, E 3 20 e E 32 1. Os aromatizantes são: E 620, E 624, E 626, E 629, E 630 e E633.

Um comentário:

  1. Valeria, parabéns pelo seu blog.
    O conteúdo é muito interessante.
    Eu tenho uma filha que hoje está com 19 anos. Até um ano de idade ela teve intolerância à proteína do leite de vaca. Depois percebemos que ela tinha alergia ou intolerância a vários alimentos, tais como: ovos, chocolate, ervílha, lentílha e grão de bico. Com o tempo, ainda na infância, a alergia a ovos e chocolate passou, mas continua com relação à ervílha, lentílha e grão de bico. A reação que se manifesta é no sistema digestivo e respiratório. Quando acontece de ela comer sem perceber, tem que tomar o remédio rapidamente, pois ela tem a impressão que o canal da respiração está se fechando e vai ficar sem respirar.
    Eu percebi que estes alimentos não estão na relação que você passou, dos alimentos que provocam alergia ou intolerância.
    Será que com o tempo ela poderá perder a intolerância a estes alimentos, como perdeu do leito, ovos e chocolate?

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