segunda-feira, 19 de março de 2012

Açúcar x Adoçante

O consumo do adoçante artificial virou um mito. Alguns profissionais da saúde defendem os seus benefícios e outros os seus malefícios. As informações ainda são contraditórias.

Recentemente uma pesquisa polêmica norte-americana concluiu que o consumo de adoçante para redução da ingestão de calorias pode ser uma grande armadilha. Muita calma! Este estudo foi feito em ratos e não em humanos e a escolha sobre o que é melhor (adoçante ou açúcar), depende de alguns fatores individuais de cada pessoa. A verdade é que podemos conviver com os dois, o que é bom para alguns, pode não ser para outros e vice-versa! O adoçante é produzido a partir da mistura de algum nutriente com um ou mais edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais, responsáveis pelo sabor doce que eles têm.


A sua principal vantagem é ter poucas calorias, mas, isso não quer dizer que podem ser consumidos sem critério. São recomendados para dietas especiais como as de restrição (Obesidade e Diabetes) e as de emagrecimento, mas, gestantes, nutrizes e crianças não devem consumi-los a não ser com ordem médica. Leia nosso artigo que fala sobre adoçantes.

Sobre o consumo de açúcar refinado já sabemos que pode causar efeitos indesejáveis, como cárie dental, aumento na produção de insulina, fermentação no sistema digestivo, aumento de peso, entre outros. Além disso, este tipo de açúcar (refinado) não possui nutrientes, devido ao processo de refinamento. Indivíduos diabéticos devem evitar além de açúcar refinado, mascavo e light, alguns adoçantes dietéticos como frutose, sorbitol e manitol. Os outros podem ser consumidos, porém é sempre importante estar atento às recomendações de médicos e nutricionistas.

Para aqueles que realmente não gostam do sabor e não conseguem tomar ou comer nada com adoçante e precisam reduzir as calorias do cardápio, vale experimentar o açúcar light. Possui um tipo de adoçante em sua composição, a sucralose; que adoça mais que o açúcar refinado e apresenta a mesma caloria.

As opções hoje são diversas. Somos bombardeados com anúncios e rótulos induzindo-nos constantemente a substituir o açúcar por adoçantes artificiais, no cafezinho, nas bolachas, iogurtes, balas, sorvetes, pães e até em remédios. Saudados como a solução para quem luta contra a balança e não quer abrir mão de uma saborosa sobremesa, os adoçantes fazem parte de uma matemática desigual: nunca foram usados tantos substitutos artificiais para o açúcar e, ao mesmo tempo, o mundo nunca esteve tão gordo.

Para se ver livre dessa dependência, é preciso acompanhamento de especialista, mudança gradativa da dieta (reeducação alimentar) e prática de exercícios físicos. Muitas pessoas trocam um alimento ou substância por outra por pura vaidade, sem se importar se faz bem ou mal à saúde.

No estudo norte americano comentado no início, os cientistas acompanharam a alimentação de 17 ratos divididos em dois grupos. O primeiro recebeu iogurte adoçado com sacarina, enquanto o segundo tinha o alimento acrescido de açúcar. Depois do iogurte, os animais receberam suas dietas normais. Decorridas cinco semanas, o grupo dos ratos que comeram iogurte com adoçante ganharam mais peso se comparados aos que comeram iogurte com açúcar. Essa informação não basta para você de repente substituir o adoçante pelo açúcar.

O brasileiro, em média, já consome em média 19% das calorias recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sob a forma de açúcar; enquanto o máximo seria de 10%. Para a Fundação Britânica de Nutrição, o tema requer mais pesquisas, pois o resultado deste estudo ainda não prova que os adoçantes são prejudiciais às dietas dos humanos.

Quando for comprar um adoçante, leia o rótulo e conheça o tipo de edulcorante utilizado. Conheça a nova norma e recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os edulcorantes (RDC 18/08), que mostra a redução do limite máximo de uso de sacarina e ciclamato em bebidas e alimentos; e a aprovação do uso de três novas substâncias: a taumatina, o eritritol e oneotame. Os aditivos só poderão ser utilizados pela indústria quando estiverem explicitamente definidos em legislação específica, com suas respectivas funções, limites máximos de uso e categorias de alimentos permitidas.

Diante de tantas dúvidas, resta a conclusão: tanto no consumo de açúcar ou no de adoçantes, a solução ideal parece ser mesmo a boa e velha moderação. Experimente e verifique quais os melhores produtos para você, visando sempre o seu objetivo: emagrecer, ter uma vida saudável ou restringir a ingestão de açúcar devido a alguma doença. Procure sempre um nutricionista e faça a escolha certa!

Fontes consultadas:

Swithers SE, Davidson TL. A Role for Sweet Taste: Calorie Predictive Relations in Energy Regulation by Rats. Purdue University, Behavioral Neuroscience. 2008;122(1):161-173.

Fonte: Blog da BBel

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